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Foto do escritorTábata Baker

Afinal, a Netflix matou "Death Note"?

A primeira coisa que preciso dizer é: Nunca assisti o anime "Death Note". Meu único contato havia sido com o trailer do filme que seria lançado pela Netflix, e aí sim, eu soube que existia um anime.


A segunda coisa que preciso dizer é: Eu encaro de forma diferente a relação de adaptação de algumas coisas. Ex: Livro que vira filme, filme que vira série, e por aí vai...


Tenho algumas opiniões a escrever antes de finalmente dizer o que eu achei do filme. Então, vamos começar cronologicamente.


Sou muito fã da série "Buffy - A caça-vampiros", que é a minha série favorita. Mas, sou capaz de admitir duas coisas fundamentais. A tecnologia da série no início e no final seria capaz de classificar a série em coisas muito distintas. Isso faz com que as primeiras temporadas sejam ruins? Claro que não! Eu só admito que houve uma evolução. E não foi qualquer evolução. Foi uma evolução das boas. Na cronologia da série, há algo que perturba um pouco. Antes da série ser exibida, Joss Whedon, seu criador, fez um filme de mesmo nome. O que dizer desse filme? É bem ruim. Tipo, eu acho muito ruim. Eu tenho vergonha alheia? Não chega a tanto, mas é ruim. Mas, ele foi necessário para o Joss. Foi o que ele conseguiu fazer, e então, ele amadureceu a ideia e transformou aquele filme numa das séries mais aclamadas do gênero "vampiros".


Quando um livro é anunciado como futura adaptação para filme, os fãs ficam em cólicas, apavorados com a ideia de que sua obra-prima seja destruída na famosa grande tela. Já faz algum tempo que alguém ( me desculpe, mas não lembro quem foi) me disse algo muito interessante. Conte o seu livro favorito em 2 horas e meia. Você acha que conseguirá manter todos os detalhes?


Depois disso, eu passei a ser menos crítica com relação aos livros adaptados para o cinema. Há casos e casos. Há vezes em que dá muito errado? Sim! Muitas, inclusive! E há vezes em que fica igualmente bom, e há vezes em que o filme detona a história.


O fato é: alguma coisa será perdida. Se não se perdeu, algo tem de errado.


Talvez você esteja se perguntando se eu estou defendendo os filmes mal-adaptados. Na verdade, não é esse o ponto. A ideia aqui é entender a dinâmica entre uma boa obra escrita e como transformar toda aquela imaginação em algo visual.


Vou registrar duas decepções.

A primeira delas é leve: Eu queria muito que no filme "Em Chamas", (o segundo da saga Jogos Vorazes) tivessem colocado o que a Katniss pensa assim que ela vê que a Arena é na água. "Esse não é um lugar para uma garota em chamas".

A segunda delas é "hard": O que foi o final do filme "Inferno" de Dan Brown? Aquele final foi a coisa mais "wtf?" que eu já vi. E o pior? Não tinha necessidade... repito, não tinha necessidade. Não vou dar spoiler, então, um outro dia eu escrevo só sobre isso.


Agora vamos ao que eu achei do filme "Death Note". Não queira me bater, ou ficar com raiva, mas eu gostei. É fenomenal? Não! É bom pra c****? Calma que não é assim. O filme é bom. Bom o suficiente pra me fazer querer assistir ao anime. Então, de algum modo ele cumpre o papel dele. Talvez você ache que não. Eu tiro por mim. Como eu disse lá no início. Eu não fazia ideia da existência do anime. A Netflix colocou "Death Note" em evidência. Se você é fã, certamente tem suas críticas, e está coberto de razão. Mas, vejamos um pouquinho mais além. Pouca coisa. Assim que acabei de assistir ao filme, eu procurei o anime pra ver. Isso é bom, certo? Se metade das pessoas fizer isso, metade das pessoas irá gostar mais ainda do anime, e talvez se juntar a você que não gostou do filme.


Por hora, o que quero dizer é que o filme foi feito no estilo Hollywoodiano. E ele cumpre esse papel. Há muito mais perguntas do que respostas. E claro, eu obtive respostas logo no primeiro episódio do anime. Mas não se esqueça... se não fosse o filme, eu não teria chegado lá.


A Netflix vai fazer filmes cinematográficos do mesmo jeito que Hollywood faz. Eles também pagam contas. E de vez em quando, só de vez em quando, é bom ter uma diversão sem muito propósito. Vez por outra eles irão "cagar" tudo, como nós costumamos falar. Mas faz parte.


O importante é que as mentes mais aguçadas irão atrás de mais. Essa é a grande sacada. Então, meu recado é que "há males que vem para o bem".


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